Patrono

Você sabe quem foi Andrade Neves, o patrono da nossa escola?

José Joaquim de Andrade Neves, primeiro e único barão do Triunfo, foi um militar brasileiro. É reconhecido por sua importante participação na Guerra do Paraguai.

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Biografia

Filho de José Joaquim de Figueiredo Neves e Francisca Ermelinda de Andrade, aos 19 anos de idade sentou praça no 5° regimento de cavalaria. Pouco depois abandonou a carreira para ajudar o pai na fazenda da família.Casou-se com Ana Carolina de Andrade Neves com quem teve três filhos: Maria Adelaide de Andrade Neves, José Joaquim de Andrade Neves Filho e Luiz Carlos de Andrade Neves. Era avô de José Joaquim de Andrade Neves Neto.

Vida Militar

Em 1835, quando rebentou a Revolução Farroupilha, Andrade Neves, deixando a rabiça do arado, alistou-se, voluntariamente, nas fileiras da legalidade; durante este glorioso decênio, tomou parte ativa em um grande número de combates como membro da Guarda Nacional, tendo se distinguido no ataque à ilha do Fanfa (no rio Jacuí), onde o coronel Bento Gonçalves da Silva, chefe do movimento revolucionário farroupilha, foi feito prisioneiro. No combate de Taquari Andrade Neves recebeu dois ferimentos de bala, entretanto permaneceu no campo de batalha até o término da luta. Sempre com a lança em punho, à frente de seus esquadrões, serviu à causa da legalidade com inexcedível bravura, até o Tratado de Poncho Verde.
Elevado a major da Guarda Nacional em 1840 e a tenente-coronel em 1841. De alferes a tenente-coronel, conquistou todos os postos no campo de batalha, por ato de bravura.Por sua bravura foi convidado a entrar para o exército.
Após um breve período de vida, em paz, no campo, retorna às armas para lutar na Guerra contra Rosas, em 1851.
Em 1864, quando da invasão brasileira à República Oriental do Uruguai, para defender a vida e os interesses brasileiros, o já General Andrade Neves ia à frente da 3ª Brigada de Cavalaria. Por ocasião do Sítio de Montevidéu, foi ele designado para atacar a fortaleza do Cerro. A 3ª Brigada avança e a guarnição iça a bandeira branca nas ameias da muralha.Terminada a campanha no Uruguai, pelo tratado de 20 de fevereiro de 1865, o exército imperial marcha a caminho do Paraguai.
É aí nesse novo cenário, cheio de acidentes naturais e de mil surpresas, que o Gen. Andrade Neves se põe em foco, pela intrepidez, pela coragem e pela temeridade inexcedíveis. As suas medonhas cargas de cavalaria, que faziam estremecer o solo por onde passavam, como se ali se sentisse um fenômeno sísmico, traziam à lembrança as hostes que voavam, em outras épocas, levando à frente o legendário João de Abreu Mena Barreto, o Barão do Cerro Largo, cujo arrojo parecia ter herdado o Gen. Andrade Neves.
Na batalha de Tuiucué, em 16 de julho de 1867, suas divisões tomam a trincheira de Punta Carapá, arrastando os paraguaios em derrota até Humaitá.
Em 3 de agosto derrota setecentos cavaleiros em Arroio Hondo.
Em 20 de setembro toma a vila de Pilar, em 3 de outubro defende a posição de São Solano, em 21 de outubro ataca quatro regimentos de cavalaria paraguaias e os derrota. Sua divisão era apelidada pelos paraguaios de caballeria loca de cuenta (cavalaria louca varrida). Por causa desta vitória foi nomeado barão do Triunfo, em 19 de outubro de 1867.
A partir de 1868 fez diversos reconhecimentos para ajudar na Passagem de Humaitá, ao mesmo tempo tomava Estabelecimiento da fortaleza, defendida por quinze canhões, apoiada por dois navios com artilharia, além de dois fossos e bocas de lobo. Sob pesadas perdas, foi ferido e teve seu cavalo morto, mandou desmontar sua tropa de cavalaria e atacou a fortaleza até tomá-la. Participou da Batalha de Avaí. Comandou as tropas que atacaram Lomas Valentinas pela esquerda, conseguindo levá-las ao interior da posição fortificada, porém em meio da posição, uma bala veio produzir-lhe grave ferimento no pé.Levado à Assunção foi recolhido ao palácio tomado de Solano López. Nos delírios da febre que o devorava, sob aquele clima de fogo, conta a lenda que o bravo general, como se naquele trágico momento o animasse uma alma espartana, julgava-se ainda à frente dos seus esquadrões e atirando as cobertas, brandava: "Camaradas!... mais uma carga!" José Joaquim de Andrade Neves faleceu em 6 de janeiro de 1869.